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Nota da Federação PSOL-REDE SC sobre a conjuntura estadual

  • atendimentopsol
  • 5 de ago.
  • 3 min de leitura

Federação PSOL/Rede Sustentabilidade – Santa Catarina


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Santa Catarina caminha para mais uma eleição sob o domínio de forças políticas que, em vez de enfrentarem os desafios da contemporaneidade, insistem em aprofundar um modelo de Estado excludente, predador e submisso aos interesses mais retrógrados. As pré-candidaturas do governador Jorginho Mello e do prefeito de Chapecó, João Rodrigues – ambos representantes do bolsonarismo raiz – são expressões dessa continuidade conservadora, autoritária e desconectada das necessidades do povo.


Como se não bastasse, Jair Bolsonaro tenta transformar Santa Catarina em bastião de seu projeto autoritário, com a intenção de lançar um de seus filhos como candidato ao Senado, num movimento que ignora os interesses do povo catarinense e busca apenas garantir foro privilegiado e palanque permanente à sua família.


Diante desse cenário, a Federação PSOL/Rede em Santa Catarina destaca a importância da pré-candidatura de Afrânio Boppré, até o momento a única manifestação pública da esquerda comprometida com a justiça social, a sustentabilidade ambiental, a democracia radical e o enfrentamento das desigualdades territoriais no estado.


Afrânio, com trajetória marcada pela defesa do direito à cidade, da participação popular e da soberania, representa uma alternativa real ao projeto de destruição bolsonarista. Seu nome reafirma a existência de quadros importantes na esquerda catarinense, na tarefa prioritária do campo democrático e popular de construção de uma frente única para enfrentar o avanço do fascismo em Santa Catarina.


No plano nacional, os últimos acontecimentos expõem a falência do projeto bolsonarista e seus desdobramentos: o “tarifaço do Trump”, que impõe sobretaxas sobre produtos brasileiros, é resultado direto do alinhamento submisso e irresponsável de Bolsonaro e sua base com a extrema-direita norte-americana. O que se vendia como “soberania” revelou-se um projeto de entreguismo sem contrapartidas, que hoje atinge duramente a economia nacional e setores estratégicos da indústria catarinense.


A recente aprovação, no Congresso Nacional, do chamado “PL da Devastação Ambiental”, apoiada pela maioria dos parlamentares catarinenses, marca outro retrocesso civilizatório. A medida fragiliza sobremaneira o licenciamento ambiental e abre caminho para a degradação de todos os nossos biomas. Em solo catarinense, isso tem se traduzido no afrouxamento de legislações municipais, que agora permitem construções em áreas frágeis, como morros, manguezais e áreas de preservação permanente – um verdadeiro contrassenso diante da crise climática e dos eventos extremos que já afetam o estado.


O governo Jorginho Mello, por sua vez, é expressão do desgoverno, do clientelismo e da incompetência. O escândalo do programa Universidade Gratuita, envolto em denúncias graves, referendado por relatório do Tribunal de Contas do Estado, escancara o uso da educação como moeda de troca eleitoral. Suas ações em favor de asfaltamentos da malha rodoviária Estadual ignora completamente a necessidade de investimentos em modos de transporte mais eficientes com menos impacto sobre o meio ambiente.


Além disso, o governo estadual segue sem um projeto estratégico para Santa Catarina: não enfrenta os desafios das cidades, não combate as desigualdades regionais, não propõe soluções para a crise climática, para o desiquilíbrio territorial apontado pelo senso do IBGE, tampouco avança em políticas de justiça ambiental e moradia.


Neste cenário, reafirmamos nosso compromisso com a construção de uma alternativa popular e democrática em Santa Catarina. É hora de fortalecer as candidaturas que representem um novo projeto de estado, que articule justiça social, participação cidadã e transição ecológica.


Federação PSOL / Rede Sustentabilidade – SC

4 de agosto de 2025










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